Por que veículos super esportivos usam motores nas rodas?
Aerodinâmica e Aderência ao Solo
Por que veículos super esportivos usam motores nas rodas? Os veículos super esportivos apresentam vários aspectos que os diferenciam de outros veículos. Para começar, vamos falar sobre a baixa aerodinâmica e sua aderência ao solo. Eles precisam ser mais aderentes ao solo, por isso é necessário usar pneus “slim”, que são pneus lisos e sem cortes. Sua suspensão é a ar para que o veículo possa se rebaixar e levantar ao fazer uma curva, adaptando-se melhor às condições da curva.
Motores Elétricos nas Rodas
Nesse caso, os motores elétricos têm que ficar entre as rodas, ou seja, no conjunto mecânico entre eixos, totalizando quatro motores – dois entre as rodas da frente e dois entre as rodas de trás. Esses motores nas rodas são mais eficientes, pois geram maior atrito dinâmico para o veículo, causando menos estímulos negativos e mais estímulos positivos na indução, promovendo uma eficiência maior do que os veículos convencionais.
Vantagens e Configurações dos Motores
Nos veículos a combustão esportivos, o motor traseiro impulsiona o peso livre na carroceria, e os motores nas rodas aumentariam o peso livre em 20 a 30% da carroceria. É padrão todos os veículos superesportivos usarem motores traseiros, pois são preparados para alcançar velocidades de 330 a 380 km por hora. Por isso, têm uma aerodinâmica muito bem trabalhada, desde o retrovisor até o assentamento na rodovia.

Print do Site do Fabricante koenigsegg
Exemplos de Superesportivos com Motores nas Rodas
No veículo Regera superesportivo da Koenigsegg, é usada a estratégia dos motores nas rodas para alcançar o padrão dos veículos mais rápidos do mundo. Motores nas rodas proporcionam maior aderência, melhor eficiência energética e potência acima de 700 cavalos. Outra marca que também utiliza esses motores elétricos nas quatro rodas é a nova McLaren Speedtail, que traz equilíbrio nos pesos excedentes.
Alternativas e Desvantagens de Outras Configurações
A marca Pagani não trabalha com motores nas rodas, mas sim com motores independentes na traseira, sendo dois elétricos e um a combustão na frente. Isso diminui a eficiência energética e compromete o peso excedente do veículo. Já a Ferrari utiliza apenas um motor elétrico, alegando que isso dá maior tranquilidade e fôlego ao motor a combustão, equilibrando a potência. Esse tipo de veículo é chamado de híbrido leve.
A Porsche valoriza os motores nas rodas, colocando, além dos motores, um pack de baterias separado abaixo do carro para controlar e administrar o peso do veículo.
Segurança em Caso de Colisão
Em caso de colisão na roda, não haverá grandes problemas, pois o motor fica no eixo das rodas e não na roda em si, sendo necessário apenas trocar a roda. Essa tecnologia não é usada em veículos convencionais, pois dispensam o equilíbrio de peso por não ultrapassarem 200 km por hora. Essa é uma técnica desenvolvida exclusivamente para carros superesportivos.
Considerações Finais
Em conclusão, a tecnologia dos motores nas rodas é uma inovação que proporciona maior aderência e eficiência energética aos veículos superesportivos. Marcas como Koenigsegg, McLaren e Porsche estão na vanguarda dessa tecnologia, enquanto outras, como Pagani e Ferrari, optam por diferentes configurações para atender a objetivos específicos de desempenho e eficiência. A segurança dessa tecnologia em caso de colisão é um ponto positivo, sendo uma solução ideal para veículos que buscam ultrapassar os limites da velocidade e da eficiência.
Sobre o Autor
Palestrante Telles Martins é um colunista e designer especializado em carros híbridos e elétricos, conhecido por seu profundo conhecimento em veículos autossustentáveis e design automotivo. Com vasta experiência no setor, Telles é uma voz influente na discussão sobre inovação em mobilidade urbana e sustentabilidade veicular.