Veículos Elétricos X Híbridos: Impacto das Políticas Públicas

 

Introdução

Não é possível discutir veículos elétricos e híbridos sem mencionar as políticas públicas que influenciam diretamente sua viabilidade e adoção. Esses veículos estão intimamente ligados a fatores como eletropostos, pontos de recarga e, principalmente, impostos.

Para se ter uma ideia, os impostos sobre veículos elétricos aumentaram entre 20% e 30% nos últimos meses.

  • O Dolphin Mini, que custava R$ 149.990, agora é vendido por R$ 159.990. Um aumento de R$ 10.000.
  • O Song Plus, por sua vez, subiu de R$ 235.000 para R$ 265.000 na versão de entrada.

Esse aumento nos impostos desafia a competitividade dos carros populares, que tentam se ajustar ao mercado.


O Papel das Políticas Públicas no Desenvolvimento do Setor

Esses impostos são determinados pela Receita Federal, e qualquer alteração nas alíquotas depende do Senado Federal. Além da tributação, as políticas públicas desempenham papel central na expansão da infraestrutura necessária para os veículos elétricos e híbridos.

Entre os principais pontos estão:

  • Definição de locais para instalação de eletropostos;
  • Avaliação da eficiência energética dos veículos;
  • Análise do impacto ambiental da frota elétrica.

Organizações como a ONU e o G20 têm metas ambiciosas: eliminar os carros a combustão até 2030. Porém, essa meta encontra dificuldades no Brasil, cuja economia de transição ainda está em desenvolvimento.

Uma solução viável seria:

  • Transformar SUVs em híbridos;
  • Carros menores em elétricos, conforme previsto pela Lei 1125 do G20.

O Impacto Ambiental e a Adoção de Veículos Elétricos

A preocupação com as mudanças climáticas é urgente. Os veículos são responsáveis por cerca de 70% das emissões de CO₂.

Empresas como a BYD lideram iniciativas globais para combater o aquecimento, com metas de reduzir o aumento da temperatura global em dois graus nos próximos 10 anos.

O futuro do setor passa pela eletrificação:

  • Montadoras que não investirem em tecnologias híbridas ou elétricas correm o risco de obsolescência.
  • Os carros a combustão estão perdendo espaço rapidamente.

Incentivos Fiscais no Brasil

  • Em alguns estados, o IPVA para veículos elétricos é zerado.
  • Em Minas Gerais, a alíquota varia entre 0,5% e 4%.
  • No Rio de Janeiro, o imposto é de 2% para veículos importados ou nacionais zero quilômetro.

Esses incentivos podem impulsionar a adoção, mas ainda há obstáculos estruturais e econômicos a serem enfrentados.


A Evolução dos Veículos Híbridos

Os carros híbridos unem motores elétricos e a combustão, oferecendo autonomia de 1.200 a 1.400 km no modo híbrido.

Apesar da eficiência, esses veículos ainda enfrentam resistência, sobretudo quanto à qualidade das montadoras chinesas. No entanto, a China já se consolidou como líder tecnológica nesse segmento, com modelos a partir de R$ 134.000,00.

Mesmo com limitações na produção de SUVs totalmente elétricos devido ao alto custo, os híbridos surgem como alternativa viável e acessível.

É hora de repensar o consumo. A poluição global exige novas atitudes.
Precisamos colocar o planeta acima da lógica de mercado e entrar na era da evolução climática.


Conclusão

Na hora de comprar um veículo, pense além da economia:
A adoção de carros híbridos e elétricos é uma escolha estratégica e consciente, alinhada com os valores da sustentabilidade e da preservação ambiental.

Sobre o Autor

Telles Martins é colunista, palestrante e designer, especialista em carros híbridos e elétricos. Reconhecido por seu profundo conhecimento em veículos autossustentáveis e design automotivo, é uma voz influente na discussão sobre inovação em mobilidade urbana e sustentabilidade veicular.